A nossa prosa saudável desta edição é sobre um livro que li tempos atrás: “Quem ama não adoece”, do Dr. Marcos Aurélio Dias da Silva, muito interessante, que dizia exatamente o que o seu título sugere: a Receita do Amor, como fator decisivo para a saúde ou doença de um indivíduo. O Psicólogo Adler dizia, e concordo com ele, nunca ter tomado conhecimento de uma pessoa feliz e amada, que tivesse morrido de tanto amor ou de felicidade.
O desejo de amar age como estimulante físico e mental, no organismo, fazendo com que o indivíduo por ele atingido, reaja de maneira natural e espontânea, vivendo saudável e harmonicamente. O amor é cantado, declamado, pintado, dramatizado, retratado nas mais diferentes formas artísticas, podendo ser expressado com presentes, flores, olhares, suspiros apaixonados, carinhos e intimidade; porém, o ser humano custa, demora a compreendê-lo e aplica-lo em toda a sua extensão,
Quando trato a amor como “a melhor vacina, e podendo ser o melhor remédio”, entendo ser ele, a única saída para o mal que dilacera a humanidade e pode vir a ser o seu fim. O grande filósofo Dostoiewski diz, com propriedade que, “o maior e pior mal da humanidade é a incapacidade de amar”, a sua falta acarreta os piores defeitos, as maiores crueldades, grandes injustiças.
Através do amor, com está escrito em I Coríntios 13, torna-se uma realidade um mundo melhor, com lares felizes, filhos e pais unidos, ajustados, equilibrados, partilhando os mesmos sentimentos e intenções, sendo na mansão ou na choupana, na fartura ou na escassez, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, em todos os momentos e circunstâncias, tudo se torna possível, fácil e acessível, havendo amor.
O amor pode ser um mandamento, uma lei, um apelo, uma troca, ou simplesmente o desejo de um coração em doar-se, mas, a sua principal característica é ser incondicional, não intencional ou programado, agindo como a manifestação da nossa essência divina, por termos sido criados a imagem e semelhanças de Deus. Implica uma grande capacidade de perdoar e compreender a razão de ser e de agir, das pessoas que nos cercam e que convivem conosco.
Enfim, as fontes da vida, procedem do coração e da capacidade em amar, onde todo o corpo se beneficia, sendo assim a melhor vacina, o melhor remédio, Neste Natal e começo de Ano Novo, tenhamos momentos felizes: amando e sendo amado, curando e sendo curado, dando e recebendo. Que o amor seja nosso elo de união e confraternização. Lembre-se só depende de você, do que pensa, sente e das decisões que toma !!
(Publicado no Jornal Prosa em 07 Dezembro de 2008)
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