terça-feira, 1 de junho de 2010

É preciso coragem !”

Quando se discorre sobre o assunto “Coragem”, sempre nos vêem á mente heróis, bravos, destemidos e intrépidos homens e mulheres, que sem medir esforços, lutam, dão de si inteiramente, por uma causa, sonho ou ideais.
Nada mais pertinente do que coragem para ser discutido no mês de Agosto, por ser Dia dos Pais, do Homem Batista, da Juventude e do Adolescente, pois é preciso coragem, para nos dias de hoje ser diferente dos modelos. Quero enfocar coragem como requisito para ser diferente num mundo que reforça tanto a padronização de conduta e comportamento.
Primeiramente aos adolescentes: Que fase mais deliciosa da vida de um ser humano, porém cheia de crises, ajustes e necessidade de aceitação. Coragem lhe é exigido a todo instante como resposta aos apelos da TV, dos hormônios e da “turma”, da moda, enfim de uma modernidade que exclui os diferentes, padronizando uma “normalidade”. Ser diferente é “ não se conformar com este mundo”, é buscar princípios e padrões eternos. Pra isso é preciso muita coragem ! Lembrem-se de Samuel, o personagem bíblico .
Aos jovens: “ Eu vos escolhi jovens, por que sois fortes”, corajosos, destemidos, arrojados. Qualidades que facilitam conquistas e vitórias. Ao mesmo tempo que percebo jovens assim, vejo outros, escondidos, ofuscados, atemorizados, sem brilho ou coragem de avançar contra um mundo opressivo e manipulador. Sendo dominados por vãs filosofias e chantageados por costumes errados. È preciso coragem, pra romper com isso tudo, é lembrar que “ sois forte e já venceste” ! Lembrem-se de Daniel, o personagem bíblico .
Aos homens: Ser homem forte, corajoso, inteligente, bonito, determinado, arrojado, persistente e decidido, tem tudo para ser a receita para a felicidade e do sucesso, porém pode ser também a sua perdição. A mídia, a sociedade, divulgam uma liberdade desenfreada, sem limites ou freios, onde a quantidade e diversidade de experiência e aventuras, sobrepujam a família, os valores a moral. A meu ver é preciso muito mais coragem pra resistir ás tentações do que ceder a ela. Homens maduros e equilibrados não têm nada a provar quanto a masculinidade e virilidade. Lembrem-se de José, o personagem bíblico .

Enfim, é preciso muito mais que Coragem, é preciso Vontade, pra ser diferente! Adolescentes ,jovens e homens diferentes e fugir de um modelo concebido sem princípios bíblicos e fora da vontade de Deus .
Publicado no Jornal Batista da CBSM em Agosto/2004

Amamos mais, ao futebol ou nossa fé?

Acabamos de presenciar a conquista da Copa do mundo de futebol, e fiquei impressionada, como o amor, o interesse, a dedicação ao futebol. É passado de pai para filho, como se fosse uma herança de família, uma identidade, uma referência, um comportamento aprendido e estimulado, digno de ser seguido.
Por coincidência, nesta mesma época, uma revista de circulação nacional, traz um artigo sobre os evangélicos no Brasil, é lá estamos nós, os Batistas, terceiros em data de fundação (1889) e, infelizmente, não tão bem colocados em outros requisitos nem proporcional ao tempo de fundação, como crescimento, influência, aceitação,... Comparando as duas informações, uma dúvida paira e o questionamento é simples: Amamos mais, ao futebol ou nossa fé? Sem dúvida, amamos mais nossa fé! Respondem os mais apressados, mas será mesmo? Pensemos em alguns comportamentos manifestados...
No futebol, vestimos a camisa, compramos bandeira, faixa e adesivos, vamos ao estádio, gritamos aos quatros ventos, rimos e choramos, vibramos com cada conquista e derrota;Não se conhece um ex-palmeirense, ex-vascaino, ex-santista,... com orgulho ensinamos o hino, as vitórias e feitos grandiosos do time de nossa predileção, como também, a desprezarem os adversários, arquiinimigos e desafetos históricos do “nosso” time;
Portanto, o que temos ensinados ás nossas crianças, pois, as teorias da personalidade variam muito quanto à relativa importância que atribuem às experiências iniciais, porém, em nenhum momento se desconsidera o processo de continuidade do desenvolvimento, onde a estrutura é conseqüência natural das experiências de infância. Que iremos ser daqui a 50 anos, se hoje não ensinamos nossas crianças, nossos filhos, a amarem nossa fé, respeitarem nossos princípios, valorizarem nossas atitudes e comportamentos?
Não estou a pregar um tradicionalismo radical, apegado à forma ou ao ritual, mas sim, uma manifestação coerente e sincera do que cremos e vivemos. A Bíblia nos diz que instruindo, orientando, ensinando o menino nos caminhos e nos preceitos do Senhor, até “quando envelhecer não se desviará dele”. Que possamos de igual forma, valorizar nossa denominação, nossas igrejas, nossos líderes e nossa liberdade e forma de cultuar. Que o Senhor nos ajude!
Artigo publicado mo jornal Batista da CBSM- Abril/2004

VENDE-SE...

Vende-se dignidade, respeito, consideração, vergonha, caráter e tantos outros valores e virtudes. Ligar somente os interessados.
Qual seria a reação ao nos depararmos com este anúncio em um de nossos jornais ? Espanto, incredulidade ou acharíamos que já não era sem tempo, pois é o que mais precisamos? Particularmente gostaria que esses valores e virtudes pudessem ser adquiridos dessa forma, caso fosse possível, pois assim, não estaríamos presenciando cenas tão grosseiras e de desvalorização do ser humano. Onde foram parar os valores morais, espirituais e sociais ?
A questão dos valores pode não parecer, mais possui uma extremada importância para a vida prática de cada pessoa, pois a cada momento, somos levados a pensar, agir e sentir nos termos de uma ou outra concepção valorativa do ser e do fazer. O problema é saber se determinada concepção parte de pressupostos corretos, das motivações certas, pois, os resultados podem ser sentidos na formação da personalidade das crianças, na estruturação da identidade pessoal do adolescente, nas escolhas conscientes dos jovens e na serenidade e coerência dos adultos.
Neste mês de fevereiro, assistimos cenas e atitudes que nos chocam pela banalização do corpo humano, seja de homens, mulheres ou crianças, onde a exploração, exposição e apelação, passam a ser socialmente aceitáveis e comercialmente rentáveis. Caiu-se, então, num “vale tudo” caótico e absurdo em que a própria vida perde o sentido e a finalidade.
Não prego um falso moralismo ou um radicalismo extremado de princípios, apenas creio ser o momento de questionarmos, quem somos, o que cremos e quais os princípios que norteiam e dirigem nossas vidas, de nossos filhos e nossos lares. Sugiro a seguinte reflexão: O que tenho assistido e lido ,ultimamente? Que pensamentos têm dominado minha mente? Quanto tempo tenho passado em frente á televisão? Minhas roupas, atitudes e comportamento, demonstram quem sou e o que penso ? Quanto tempo tenho gasto em tornar-me um ser humano solidário? Tenho achado tempo pra desenvolver minha espiritualidade?Quanto tempo tenho semanalmente para minha família?
Em respondendo este pequeno questionamento, podemos perceber o que nos domina, ocupa o pensamento e dirigi nossas vidas. Devemos refletir: “ Cuidado com as palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com as suas ações: elas se transformam em hábitos.Cuidado com os seus atos: eles moldam seu caráter. Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino”.(Paulo Coelho)